domingo, 5 de abril de 2009

Que seja pra sempre.

"Me atirava do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo, mas eu morria de medo. Tinha medo de tudo quase: Cinema, Parque de Diversão, de Circo, Ciganos. Aquela gente encantada que chegava e seguia.
Era disso que eu tinha medo. Do que não ficava pra sempre."
Maria Bethânia no disco Drama 3°Ato, 1973.

É por aí que anda meu medo, no que se vai embora. Do que não ficará por muito tempo em minha vida.
Tenho medo das perdas. Perder o que amo: meus amigos, minhas alegrias, minhas músicas. Medo de me perder. Tenho medo até de perder pequenas coisas... uma foto, uma lembrança, um lápis.
Procuro viver com intensidade com tudo o que é meu ou faz parte de mim. Cada segundo é uma eternidade, é o meu melhor momento. Mesmo assim, tenho medo.
Medo de não ser pra sempre.
Medo de dizer adeus.
Medo.
O que eu sinto pode não ser comum, mas sou eu. Um ser errante, porém que ama incessantemente e sem medida.
E é somente aí que não me assombra o medo.
No "não ter medo de amar”.




(Agredecimentos a Marília Carreiro pela contribuição ao texto.)

2 comentários:

Mpc disse...

O medo já faz o amor não existir. Isso, com medo ou não, é o que nos faz acreditar que o amor exista. Então não acredite. Sempre perdemos aquilo que nos é mais importante.

Camila Almeida disse...

Mas não é o medo que vai me impedir de amar. Seja o que for, ou quem for. E enquanto não perco... amo.

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